O intestino grosso é formado pelo cólon e pelo reto. O câncer colorretal é um dos mais frequentes na população brasileira. Nas mulheres, é o 2º mais comum, com 17.620 casos estimados para 2017 e, nos homens, ocupa a 3ª posição, com 16.660 novos casos. Um em cada 10 tumores diagnosticados é de origem colorretal (1). Para a coleta foi utilizada a categoria “Causa – CID-BR-10” 035 Neoplasia maligna do cólon, reto e ânus, disponível no próprio tabulador do Ministério da Saúde.
O risco de uma pessoa desenvolver esse tipo de câncer durante a vida é de aproximadamente 5%. Cerca de dois terços dos tumores de intestino grosso se instalam no cólon, enquanto um terço tem origem no reto. Ele acomete de modo relativamente semelhante homens e mulheres, geralmente depois dos 65 anos de idade. Mais de 90% dos casos ocorrem em indivíduos com mais de 50 anos. (1)
Quando o tumor está confinado à mucosa ou à camada muscular do cólon ou do reto alto, as chances de cura são altas e o tratamento indicado é a cirurgia colonoscópica, cirurgia aberta ou colectomia laparoscópica. No estádio I, a probabilidade de cura é alta. Em tumores mais avançados, a cirurgia isolada não tem os mesmos índices de cura.
Rastreamento
Segundo a American Cancer Society, o rastreamento do câncer colorretal é extremamente importante na prevenção da doença. A partir do momento que as primeiras células anormais começam a formar pólipos, até se tornar um câncer colorretal propriamente dito, normalmente leva cerca de 10 a 15 anos. O rastreamento regular pode, em muitos casos, prevenir completamente o câncer colorretal, porque a maioria dos pólipos encontrados é removida antes que tenham a chance de se transformar em câncer. O rastreamento também pode diagnosticar o câncer colorretal em estágio inicial, quando é altamente curável (2).
As pessoas que não tem fatores de risco identificados devem começar a fazer exames regulares aos 50 anos. Aqueles com histórico familiar ou outros fatores de risco para pólipos ou câncer, como doença inflamatória do intestino, devem conversar com seus médicos para estabelecer o início dos exames de rastreamento mais precocemente ou realizá-los com mais frequência (2).
Mortalidade em mulheres no Brasil
Os dados revelam que o risco de morte por câncer colorretal é cerca de duas vezes mais alta no Sul e Sudeste em relação às outras regiões. As taxas mantiveram-se estáveis durante toda a década de 80, com aumento na década de 90 e no período mais recente, entre 2010 e 2015, notou-se um aumento porcentual de 24,4% nas mulheres. Para 2015, a taxa de mortalidade para câncer de colorretal no Brasil foi de 0,8 para cada 100.000 mulheres. Com taxa semelhante ou acima da nacional estão 8 unidades da federação, respectivamente, Rio Grande do Sul (1,5); Rio de Janeiro (1,4); São Paulo (1,1); Paraná (1,0); Santa Catarina (0,8); Minas Gerais (0,8); Espírito Santo (0,8); Distrito Federal (0,8). As taxas de mortalidade aumentam consideravelmente a partir dos 70 anos de idade.
Fonte dos Dados:
Sistema de Informação em Mortalidade – SIM
Referências:
1. MALUF, F. et. al. Vencer o Câncer. São Paulo: Dendrix, 2014 512p. Disponível em: <https://www.vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/cancer-de-colon-e-de-reto/cancer-colorretal-o-que-e/>
2. AMERICAN CANCER SOCIETY. Can Colorectal Cancer Be Prevented?. Disponível em: <http://www.cancer.org/cancer/colon-rectal-cancer/causes-risks-prevention/prevention.html>