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O Atual Cenário da Mortalidade do Mieloma Múltiplo no Brasil

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Entende-se por mortalidade a relação entre o número de óbitos de uma população em um determinado espaço de tempo. Neste estudo, analisamos os números da mortalidade do Mieloma Múltiplo, tipo de câncer do sangue e que acomete, principalmente, pessoas a partir dos 70 anos de idade, porém, é cada vez mais comum vermos pacientes diagnosticados abaixo dessa faixa etária. (Saiba mais em: https://observatoriodeoncologia.com.br/os-desafios-do-mieloma-multiplo-no-brasil/)
A taxa de sobrevida dos pacientes diagnosticados com Mieloma Múltiplo pode variar de alguns meses a vários anos e depende da precocidade do diagnóstico e do tratamento adequado. O tratamento prescrito muitas vezes depende da idade biológica do paciente, sendo indicada a pacientes com idade inferior a 65 e sem comorbidades, importantes terapias de indução com muitas drogas, transplante autólogo de medula óssea e manutenção com talidomida e lenalidomida.

Somente no ano de 2015, 2.889 pessoas morreram no Brasil por conta do Mieloma Múltiplo, 29% no estado de São Paulo.

Acesso
A falta de acesso a tratamentos eficazes no Brasil está relacionada diretamente ao sucesso do tratamento do câncer e, consequentemente, impacta na taxa de mortalidade pela doença. A busca pelo acesso a medicamentos em nosso país é uma missão desgastante e, se o paciente não conseguir pagar do próprio bolso, resta recorrer à justiça para dispor da droga e, assim, ter mais chances de lutar pela vida. No caso do Mieloma Múltiplo, essa luta para receber os mais modernos tratamentos é árdua e antiga.
Um bom exemplo desta dura realidade é a Lenalidomida, uma droga importante para o tratamento do Mieloma Múltiplo, já presente em 70 países e que no Brasil só foi aprovada pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) recentemente, em dezembro de 2017.

Diagnóstico tardio
De acordo com levantamento feito em 2017 pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE) com 200 pacientes de todo o Brasil, 29% deles levaram mais de 1 ano para receber o diagnóstico de Mieloma Múltiplo, 44% tiveram dificuldades para receber esse diagnóstico, 20% tiveram o diagnóstico inconclusivo e 37% passaram por vários médicos para enfim serem diagnosticados.
Se por um lado, ter acesso ao tratamento é importante, de nada adianta se o diagnóstico é feito tardiamente e em um estágio muito avançado da doença. Apesar de ser uma neoplasia ainda sem cura, muitos pacientes, se diagnosticados precocemente, têm grandes chances de entrar em remissão da doença e conviver com ela, tendo qualidade de vida, durante muitos anos.

 

Fonte dos dados:
Ministério da Saúde – Sistema de Informação da Mortalidade (SIM/SUS)

Referências:
1. Observatório de Oncologia. Os Desafios do Mieloma Múltiplo no Brasil. Disponível em: <https://observatoriodeoncologia.com.br/os-desafios-do-mieloma-multiplo-no-brasil/>
2. Sandy Jr, Paulo Afonso, et al. “Mieloma múltiplo aos 30 anos: o avesso da epidemiologia.” Rev Soc Bras Clin Med 13.3 (2015): 210-2.



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