Incidência do câncer de próstata
De acordo com as estimativas mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais acomete homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. São esperados anualmente 68.800 casos novos de câncer de próstata, com um risco estimado médio de 70 novos casos a cada 100 mil homens (1).
As maiores incidências são esperadas nas regiões mais desenvolvidas do país: 53% dos casos novos são esperados na Região Sudeste, 19% na Região Sul, 19% na Região Nordeste, 7% na Região Centro-Oeste e 2% na Região Norte.
O Estado do Rio de Janeiro tem a maior taxa de incidência, com 108 casos esperados a cada 100 mil homens, e o Estado do Amapá, por sua vez, tem a menor taxa de incidência, com cerca de 21 casos a cada 100 mil homens.
Mortalidade por câncer de próstata
No ano de 2013, o Brasil registrou 103.275 óbitos de homens por câncer, portanto, a terceira principal causa de morte entre os homens.
Especificamente em relação aos óbitos por câncer de próstata, o país registrou 13.772 óbitos, o que significa que aproximadamente 38 homens morreram por câncer de próstata por dia em 2013. O câncer de próstata configura-se como a segunda causa de morte por câncer, atrás do câncer de pulmão. Os idosos são as maiores vítimas do câncer de próstata já que 82% dos óbitos por câncer de próstata, ou 13.052 óbitos, ocorreram entre homens na faixa etária de 60 anos ou mais. Veja aqui mais informações.
Apesar do número absoluto de óbitos por câncer de próstata ter crescido entre 2008 e 2013, a taxa de mortalidade padronizada (por 100.000 habitantes) decresceu, acumulando uma redução de 5% no mesmo período.
Fatores de Risco
Os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento do câncer de próstata são idade, raça e histórico familiar. Em relação ao histórico familiar, os estudos mostram que o risco de desenvolver câncer de próstata é duas vezes maior em homens com história familiar, sendo que ter um irmão com câncer de próstata aumenta mais o risco do que ter um pai com a doença. O risco de câncer de próstata também aumenta ainda mais se houverem múltiplos casos na família (2).
No Brasil, outros dois fatores de risco têm sido associados à mortalidade por câncer de próstata: estado conjugal e procedência do paciente. Quanto ao estado conjugal, pesquisadores argumentam, por exemplo, que homens não casados tendem a ter menos apoio para se submeterem ao tratamento. Quanto à procedência do paciente, apontam que pacientes provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS) têm maiores chances de chegar ao hospital sem diagnóstico e sem tratamento anterior, consequentemente, com maior probabilidade de estadiamentos mais avançados e de apresentarem metástases (3).
Fonte dos dados:
1. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil. Disponível on-line em: <http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/>. Acesso em 2014.
2. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Disponível on-line em: <http://www2.datasus.gov.br/>.
Notas:
1. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil, 2014. Disponível on-line em: <http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/>.
2. XAVIER JUNIOR CV, HACHUL M. Tumores urológicos no Brasil. Revista Brasileira de Medicina, Rio de Janeiro, v.71, p.410-414, 2014. Disponível on-line em: <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=5949&fase=imprime>.
3. ZACCHI SR et al. Associação de variáveis socio-demográficas e clínicas com o estadiamento inicial em homens com câncer de próstata. Cadernos Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.22, n.1, p.93-100, 2014. Disponível on-line em: <http://www.scielo.br/pdf/cadsc/v22n1/1414-462X-cadsc-22-01-00093.pdf>.