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Indicadores de Câncer de Mama

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O câncer de mama é o segundo mais prevalente entre as mulheres, após as neoplasias de pele não melanoma. No contexto brasileiro, esse tipo de câncer corresponde a quase 30% dos novos casos diagnosticados anualmente em mulheres, sendo também a principal causa de morte nesse grupo. Dados atualizados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que as estimativas para o triênio 2023-2025 apontam para um aumento de 10% nos novos casos em relação ao triênio anterior (2020-2022), totalizando cerca de 73.610 casos por ano.

É preocupante observar que essa tendência de aumento de casos no Brasil reflete a média mundial. Para combater essa situação alarmante, torna-se imperativo implementar ações voltadas para a promoção da saúde da mulher, com enfoque especial na detecção precoce do câncer de mama. Estratégias de saúde preventiva e educação sobre o diagnóstico precoce desempenham um papel fundamental na redução das taxas de diagnóstico em estágios avançados, que ainda ultrapassam 50% no país.

Alguns pontos relevantes podem ser observados a partir do dashboard abaixo:

  • Aumento de Casos: A curva ascendente de casos de câncer de mama no Brasil segue a tendência global, estimando-se cerca de 73.610 novos casos anuais entre 2023 e 2025, de acordo com dados do INCA.
  • Expansão do Atendimento: O número de pacientes ambulatoriais cresceu consideravelmente, evoluindo 54% entre 2012 e 2022. Isso reflete tanto a maior demanda por tratamento e acompanhamento médico quanto demonstra que o SUS tem se expandido e tendo seu acesso facilitado a cada vez mais pessoas.
  • Evolução Gradual: O aumento no número de pacientes tem sido constante e gradual ao longo dos anos. Comparando com 2021, houve um incremento de 3% nos pacientes em tratamento.
  • Foco nas Faixas Etárias: Em 2022, aproximadamente 76% das pacientes (222.701) tinham idades entre 40 e 69 anos, reforçando a importância de monitorar de perto essa faixa etária.
  • Centros de Tratamento: Atualmente, o Brasil dispõe de 249 centros de tratamento para o câncer de mama em 23 unidades federativas,  demonstrando um tímido crescimento em relação aos períodos anteriores.

Quanto antes o câncer de mama for diagnosticado, melhores serão os resultados no tratamento

Para alcançar melhores resultados no tratamento do câncer de mama, é fundamental diagnosticá-lo precocemente. Quanto mais cedo o diagnóstico ocorrer, maiores serão as chances de sucesso no tratamento. Estudos mostram que nos estágios iniciais, a sobrevida em 5 anos varia entre 93% e 100%, enquanto em estágios mais avançados, essas taxas não passam de 70% a 72%. Portanto, o incentivo ao rastreamento e ao diagnóstico precoce é crucial para melhorar os resultados dos tratamentos.

O Brasil ainda enfrenta desafios significativos, com a maioria das pacientes em estágios mais avançados. Em 2022, a maioria das pacientes em tratamentos no SUS se encontravam no estadio III (75.145), enquanto o menor índice de pacientes estava no primeiro estadio (43.277).

Em relação às faixas etárias, a maior concentração de pacientes se encontra entre 40 e 69 anos, com 222.701 pacientes, representando aproximadamente 75% do total de pacientes em tratamento.

Para melhorar esse cenário, é necessário desenvolver políticas públicas embasadas em evidências, que incluam programas de detecção e rastreamento do câncer de mama na população, além de ampliar e descentralizar unidades de referência para o tratamento da doença em regiões com escassez de assistência. A batalha contra o câncer de mama no Brasil requer ações coordenadas que incluam medidas preventivas, educação, acesso facilitado a tratamentos e investimentos em centros especializados. A detecção precoce permanece como a chave para garantir resultados mais promissores no tratamento e melhorar a qualidade de vida das pacientes.

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